segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Descoberta

Nem na alegria excessiva que ensurdece.
Nem na tristeza demasiada que deprime.
Nem na ternura incondicional que prejudica.
Nem na austeridade indiscriminada que destrói.
Nem na cegueira afetiva que jamais vê defeitos.
Nem na insensibilidade que resseca a alma.
Nem no absurdo afirmativo que é dogma.
Nem no absurdo negativo que é vaidade.
Nem no sentimento sem confiança que te reduzem à pedra e pó.
Nem na confiança sem sentimento que é estagnação da alma.
Nem no movimento sem ideal de elevação que é cansaço vazio.
Nem no ideal de elevação sem movimento que é ambição brilhante.
Nem na cabeça excessivamente voltada para o firmamento, com inteira
despreocupação com a realidade.
Nem pés definitivamente atados ao chão, com integral esquecimento da
magia de sonhar.
Nem na exigência a todo instante.
Nem desculpas sem fim.
O amor não será concretizado através dessas atitudes extremistas pois, 
a sublime realização desse sentimento, está dentro de nós mesmos, segregado
às nossas almas, edificando e sustentando nosso ser.


13/03/02

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