sábado, 12 de junho de 2010

A parte que morre em silêncio

Como posso seguir?
Como seguir em silêncio?
Acordar no meio da noite iluminada.
Sem sequer ter dormido.
Pode acreditar, morro.
Pode negar, mas eu morro.
Morro em silêncio.
Faleço ao não falar.
Padeço ao não tentar.
Desacordo ao acreditar.
Sofrer por sofrer.
Acordar por acordar.
Um momento falante.
Mero discuido.
E a noite...
A mais quieta, perde o decoro.
E observa sozinha.
A parte que morre em silêncio.

RAFAEL LUERCE

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